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terça-feira, 14 de setembro de 2010

O "me engana que eu gosto" das indústrias em Unai-MG


Fotos do setor de indústrias de Unaí, tiradas domingo dia 12/09/2010

Há mais de vinte anos atrás, aqui em Unaí, foi aberto uma estrada no meio do mato próximo a antiga curva da Vicença (hoje trevo para Buritis) asfaltaram esta estrado, colocaram meio-fios, energia elétrica, iluminação pública, hidrantes, rede de coleta de água pluvial e disseram: “aqui é o setor industrial de Unaí.”


Só que de lá para cá praticamente nenhuma indústria foi construída no referido local. Que, pode se ver nas fotos, está “jogado as traças”.

Seria apenas um projeto que não deu certo se a cada dois ou quatro anos não aparecessem os “heróis” prometendo que, se eleitos, encherão aquele local de indústria de todo que é tipos. E estes “heróis”, que são, geralmente, bem sucedidos financeiramente, têm fala fácil, carisma e capacidade de convencimento. Descrevem para a população um mundo de fantasias e facilidades, só desfeito depois de eleitos. Aí aparecem são as desculpas, e como têm a capacidade de dar desculpas!!! Não têm é capacidade para cumprir o que prometem. Pelo menos até agora.

Eu não tenho nada contra os bem sucedidos financeiramente, mas parece que em Unaí vivemos em um sistema de castas, e, algumas vezes, os mais pobres vêem com um fascínio quase doentio o rico que, por interesse, trata-nos gentilmente e nos promete o paraíso na terra se eleitos. E Adeus raciocínio e análise lógica das propostas.

Aí você me pergunta: o que isto tem haver com o setor de indústrias? É simples: é que ultimamente o que mais se ouve dos eleitores de Unaí é: “este cara é rico e gente boa, conhece as pessoas e vai trazer mesmo as indústrias. Vou votar nele mesmo”. O tempo passa e nada de indústrias.

Eu não estou aqui defendendo que tenhamos um candidato menos abastado nas próximas eleições e se ele for eleito está resolvido o problema. Só estou querendo dizer que estes candidatos aproveitam-se das aspirações e do sentimento de inferioridade de parte da população, para se favorecerem. Vendendo, com simpatia, seu mundo perfeito. E a população, carente, sente se afagada e esperançosa e vota no dito candidato. Esse é o tipo de político que Aristóteles denominava de: “aduladores do povo”.

Indústria pra quê? O negócio é: me engana que eu gosto “patrão”.

Autor: José Antonio Alves Almeida

8 comentários:

  1. Então vc acredita que os pobres se acham uma raça inferior e tambem são tratados assim aqui em unai?

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  2. O negocio, meu amigo, é que existe uma idéia de que os mais pobres são mestiços, e os mestiços são inferiores. Isso está notório. Pode ir a uma festa, ou uma reunião onde a predominância é de mestiços e você verá o comentário “que povinho feio” no sentido, também de povo inferior.
    Que em grande parte das vezes os mestiços, esteticamente, são mais feios isso é notório e se justifica pelos séculos de varíola, esquistossomose, febre amarela, peste bubônica, má alimentação e trabalhos indignos que esse povo sofreu aqui no Brasil. Já foi provado pelos sanitaristas que os mestiços não são raças mais propensas às doenças e sim que ficaram mais expostas ao ambiente de doenças e contaminação. O fato de estas raças ficarem submetidas mais as doenças e dificuldades, e a falta, felizmente, da seleção natural de seres mais robustos criou mestiços de corpos menos belos, mais, comprovadamente, de mesmo poder intelectual, artísticos, físicos e tudo mais. Alem de que, mestiços que foram bem tratados pela vida serem até bem mais bonitos que os europeus descendentes, (as Camilas pitangas estão aí para provar) Então o que justifica o sentido de inferioridade, de alguns, é a submissão, o racismo velado e o sentido de que devem ser respeitadas as castas. Uma vez que somos iguais em capacidade e, como diria Rita Lee vamos todos virar bosta.
    (informo que quando digo mestiço estou dizendo a união de raças - índio, negro, árabe, branco etc.)

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  3. Agora vc já passou para o racismo? é esse o problema da sua cidade?

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  4. Eu fiz uma analogia com as castas indianas em que a pessoa nasce em uma castas e tem que permanecer nela. Como os Brâmanes – sacerdotes, filósofos, e professores. • Xátrias ou guerreiros e os governantes • Vaicias – lavradores, comerciantes e artesãos, • Sudras – servos e escravos, e os chamados “impuros” ou “parias” não pertencem a nenhuma casta. Eram nascidos de uma união de pessoas de castas diferentes Nestes eu fiz uma analogia com os mestiços brasileiros que nada mais são do que pessoas nascidas de união de raças diferentes. Na Índia os parias representa 80% da população. Aqui os mestiços devem representar mais. E tanto lá como cá são pessoas consideradas, PELOS PRECONCEITUOSOS e as vezes por eles mesmos como pessoas menores, e que tem que se contentar com sua condição.
    Evidente que tem diferença, gente, foi só uma comparação.

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  5. O Ze Antonio abordou de leve um dos fatores que levaram o prefeito a se eleger e reeleger: o fascinio da patuléia por quem tem muita grana. A patuléia aqui não quer dizer os miseraveis apenas, mas sim uma vasta parcela da comunidade, de letrados a analfas. E hoje essa massa amorfa de iniciativa e discernimento vê inerte a apropriação do que é de todos, em beneficio desse grupelho que comanda a cidade. Unaí continua sem oferecer aos seus filhos melhores oportunidades. Na verdade o atual governo municipal tem apenas 2 obras para mostrar em 6 anos, e ambas inacabadas. O governo do rico empresário não conseguiu trazer nenhuma industria para cá, nem escola superior, nem escola técnica. A oferta para o jovem da periferia é droga e prostituição. E se derem bobeira, a patuleia continua a votar nos incompetentes.

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  6. Meu amigo anônimo. Toquei em um assunto de antropologia e sociologia que, provavelmente, necessitaria de um estudo científico de tese de doutorado para ser explicado. Tentei dar esta explicação em poucas palavras e quase me dei mal, senti que o pessoal estava interpretando errado o que eu queria dizer. Mas, você me tranqüilizou, é basicamente isso que eu quis dizer.

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  7. É zé mais vc não deve conhecer as mulatas cariocas pra far da misigenação kkkkkkkkkkkkkkkkk. tó brincano---CABRA--- tendí a mensagem. e assino.

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  8. Você é o cara, Gustavo.
    Mas você sabe que a palavra mulata foi inventada como um termo racista. Fazia uma analogia à mula (filho de jumento com égua) animal que nasce defeituoso e não pode ter filhos. Mas é muito bom para o trabalho. Eles queriam dizer que um filho de um branco e uma negra (ou vice versa) era defeituoso e só servia para o trabalho. Igualmente o termo pardo, que também foi criado com a designação de pessoa suja, encardida.
    Então eu prefiro a palavra mestiço (pessoa descendente de duas ou mais raças).
    O zé também é informação he-he-he.
    Apareça mais vezes cara. Um abraço

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