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quarta-feira, 16 de março de 2011

Planejamento Estratégico Situacional, é possível na prefeitura de Unaí?


A forma como é administrado o município de Unaí atualmente é uma coisa de arrepiar o mais retrógrado dos administradores. Nada é previsto. As únicas formas de planejamento existentes são as que a Lei de Responsabilidade Fiscal obriga. Ou seja: LDO (Lei de Diretrizes orçamentárias) PPA (Plano Plurianual) e LAO (Lei Orçamentária Anual). E estes, diga-se de passagem, não são seguidos, e existem apenas para cumprir a Lei. Bastando dizer que já no primeiro mês do ano já tem várias Dotações sem saldo. Porém não é esse tipo de planejamento que eu quero falar. Quero me referir a um planejamento estratégico. Isso nunca foi feito na prefeitura nessa administração. E tudo corre ao sabor do acaso e as ações e descisões são tomadas ou realizadas na base do apagar incêndios.


Falta muita vontade de modernizar a administração. Não sei se por falta de vontade ou por pura incompetência. Pois bons métodos não faltam. E atualmente está sendo usado com muito sucesso em vários órgãos públicos pelo país o chamado Planejamento Estratégico Situacional (PES). Este se difere do planejamento tradicional a partir da matriz SWOT que se aplicam as empresas, pois o PES é especifico para órgãos públicos. E este planejamento poderia ser implantado com muitas vantagens na prefeitura de Unaí.

A razão para se usar o PES é que no serviço publico o planejamento é um processo técnico-político resultante de um jogo de atores em interação, conflito, cooperação e alianças, os quais têm suas próprias estratégias e sua particular visão dos problemas e da realidade. Como tal, é indeterminado e constitui um processo aberto, em que o futuro está para ser construído pela interação dos atores. O planejamento é uma atividade de cunho nitidamente político, da mesma forma que a política é um jogo e conflito de estratégias que constituem e requerem, cada vez mais, um esforço de planejamento com os recursos técnicos disponíveis, organizando informações, hierarquizando e ordenando as ações, orientando as decisões. E como o ator que planeja é parte do processo social e político e está por este contido, ele é, ao mesmo tempo, sujeito e objeto do planejamento.

.O planejamento exige um cálculo situacional. O planejamento supõe um cálculo complexo, e esse cálculo é afetado por múltiplos recursos escassos que cruzam muitas dimensões da realidade. A equipe da secretaria de saúde, por exemplo, não enfrenta apenas problemas da saúde, mas entre outros, problemas organizativos, financeiros, políticos etc e, conseqüentemente, para eles, planejamento é algo muitíssimo mais complexo do que dominar as técnicas de saúde.

O planejamento situacional é, por definição, necessariamente político. Não se pode ignorar o problema político, uma vez que um dos recursos que, se restringido, restringe nossas capacidades de produção social de ações é o poder. Também pode ser os valores, as culturas internalizadas, nos atores desses processos, os conhecimentos etc. No planejamento situacional, o político não é um dado externo nem um marco restritivo que vem de fora. O planejamento situacional internaliza as questões políticas como variáveis, e trata de operar com elas. Isso supõe a intenção de sistematizar o planejamento político no que ele é sistematizável, porque, evidentemente, a política tem uma forte dose de arte, de experiência, de intuição. Mas, de toda forma, há muitos aspectos sistematizáveis do planejamento político, assim como nem tudo é sistematizável no planejamento econômico. O importante é reconhecer que, se em alguma medida, não sistematizamos o planejamento político, o planejamento não pode ser totalizante, não pode ser situacional e não pode identificar-se com o processo de governo. E, se o planejamento não é situacional, é quase impossível impedir que o cálculo político e o cálculo econômico sigam caminhos paralelos, com o conseqüente desperdício de oportunidades econômicas abertas no processo político ou de oportunidades políticas abertas no processo econômico.

É isso!

Idéias retiradas do livro: "Adeus Senhor Presidente" - de Carlos Matus (autor do método PES)

Mais informações sobre o planejamento estratégico situacional http://www.revistaproducao.net/arquivos/websites/32/v03n2a04.pdf ou em diversos textos na internet.

15 comentários:

  1. LEITO DE PROCUSTO.................

    É inimaginável na cabeça de um déspota contratar alguém que saiba mais que ele, não o faz por medo de perder a autoridade, como tal eram os políticos nordestinos que não queriam que o povo se “letrasse”, pois quanto menos esclarecidos, mais submissos.

    Aqui nestas plagas o ilustre alcaide, ainda segue regras remotas, tem-se o exemplo claro no seu secretariado. Os bons ele teve que mandar “vazar”, cedo ou tarde seriam uma ameaça. Assim nomeou um ex guarda do Inss para tomar conta de uma, aliás uma não, de três secretarias, uma dona de casa para a secretaria de turismo e cultura..uma ex petista arrependida para não sei fazer o que......e por ai vai.

    Isso me lembra a metáfora do LEITO DE PROCUSTO.

    Procusto era um bandido (estou comparando a história não o personagem) que vivia em uma floresta. A todos que passavam por tal lugar ele oferecia guarida e dormida; ele colocava o sujeito em uma cama de um único tamanho e se a pessoa fosse menor, ele esticava com cordas , se a pessoa fosse maior que a cama, ele cortava o que sobrava com um machado.

    O leito de Procusto é a metáfora da medida única: se sobra, corta; se falta, estica.

    Fazer caber em uma única cama o que por natureza, não tem medida única, torna pessoas de diferentes tamanhos em aleijados funcionais.

    Na casa marrom secretários não pode ser diferentes; tamanhos e submissão devem ser alinhados, saber mais que o chefe pode ser o fim de uma curta carreira. Dei o recado.

    (anonimus fudendi)

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  2. Zé sua nova fase -viajando grandão- tá foda! mais essa agora! PES. aqui na casa marrom o povo entende por pes é cachaça com pes de frango! na época do Zé Bras tinha uns mais intendidos! quando vc acha que vão implantar o trem desses aqui?

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  3. Pô Edu, me sacaniuo legal, em!
    Mas Eu mesmo já usei o Planejamento Estratégico Situacional (PES) para elaborar e colocar em prática o plano diretor do Hospital Municipal de Unaí. Não sei em que pé anda agora. Fiz um projeto para a secretaria municipal de saude de Unai em que usei o mesmo método. Não é nenhum bicho de sete cabeças. É só querer fazer.

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  4. Haja Google e Wikipedia para esse pessoal escrever esses comentários ai... hahahaha

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  5. O PES é essencial para uma administração legítima, lícita e legal, mas a atual perdeu todas as oportunidades e o rumo de gerir a coisa pública. E tenho dito!

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  6. Meu amigo JA3,
    O que mais existe na administração é modismo. Em todos os setores do processo administrativo algum autor tentou testar suas hipóteses e vender seus livros e consultorias que nada mais é do que cópias dos autores primários. A matriz SWOT é um clássico referenciado no mundo inteiro, tanto para o primeiro setor, para o segundo setor e também para o terceiro setor.

    Não tem essa de que a FOFA se aplica apenas ao setor privado e essa tal de PES ao setor público. O quesito situacional, ou político, existe em todos os setores: público, privado e terceiro setor.

    O estudo situacional nada mais é do que o velho e clássico diagnóstico organizacional. O estudo político é analisado em lupas no Ambiente Externo no momento de ver as ameaças e oportunidades. Se pegarmos como exemplo a Prefeitura, será que ela tem controle sobre a política do bolsa família; do ICMS; da LRF; do Código Florestal; da Lei das Licitações; etc.. Não tem. Então para a prefeitura a política é uma variável externa, por estar fora de seu controle. Tanto poder ser uma ameaça ou uma oportunidade; mas a política pode ser, e é também, uma variável interna. Só que aí ela é tratada como um ponto forte e/ou ponto fraco. Exemplo de política no ambiente interno: política salarial da prefeitura; relacionamento com o legislativo; discussão orçamentária; incentivos fiscais; relacionamento com os servidores; política cultural, ecológica, patrimonial e etc.

    Estudo planejamento estratégico e tenho como orientador um dos ícones do setor como orientador (inclusive estou tendo dificuldade em me reunir com ele, pois vive viajando pra fora do país tamanha é a procura por sua presença). Confesso-te que até agora nunca ouvi uma crítica à Matriz FOFA ou SWOT. E desconheço qualquer possibilidade onde a referida matriz seja incompetente. Se você pegar todos os PDIs de qualquer Estado e do Governo Federal verá que todos utilizam a matriz SWOT.

    Sobre sua pergunta se cabe um Planejamento estratégico na prefeitura de Unaí, eu digo que "demorô", é urgente e absolutamente necessário o planejamento na administração pública brasileira como um todo. Chegaremos um dia em que o ente que não tiver um planejamento em curso não receberá dinheiro para o setor. Já é assim nas Universidades Federais através do REUNI, a Universidade que não elaborar o seu PDI não receberá recursos. PDI = Plano de Desenvolvimento Institucional.

    Por que ainda não temos o planejamento estratégico na administração Unaiense? É simples. Para elaborar a FOFA são necessárias muitas e muitas reuniões com todos os Stakeholders envolvidos, internos e externos e muitos políticos não gostam de reuniões e de acatar sugestões. E também esta prática ainda não era cobrada pela sociedade e de agora em diante será sim. Parabéns pela temática.

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  7. Amigo Geni,
    Desculpe-me, mas o PES (não PAS) não é nenhum modismo, tipo: Qualidade Total, 5S ou coisa parecida. Este método foi criado em 1973 pelo chileno, Carlos Matus e é amplamente usado em toda a America Latina. Talvez o fato de o cara ser um latino americano tenha prejudicado, por preconceito, a disseminação do método pelo mundo. Fosse ele inglês ou estadunidense poderia ser mais famoso que Peter Drucker (austriaco mas viveu no “estates”). este método, a tempos, vem sendo utilizado peloBrasil afora também. Inclusive a Escola Nacional de Saúde Pública (FIOCRUZ) e as Escolas estaduais de Saúde Pública indicam, exclusivamente, este método de planejamento. (a defeza intusiasmada do método é porque tenho três trabalhos científicos fundamentados no tema. He-he-he)
    Sobre as críticas sobre o SWOT, FOFA (Forças, Oportunidades,Fraquesas, Ameaças) nas escolas de Administração pública existem aos milhares.
    O planejamento tradicional e enrigecido acabado (passivo) enquanto o PES está sempre em construção e facilmente modificado (ativo, complexo). Por exemplo, hoje a camara de vereadores tem 5 oposição e 5 situação. Amanhã um vereador pode ser sedusido a mudar de lado e isso muda muito o cenário. Isso não é possivel prever. Que pode prever o que quer Zé da estrada ou Hermes Matrins?
    O planejamento tradicional e Baseado em Diagnósticos (se avalia o ambiente) o PES em apreciação situacional: se verifica quais são os atores que influenciam, qual a resistência que estes podem trazer. Quais as dificuldades que cada agente tem e continua-se verificando isso no dia a dia e se algo muda ou não dá certo parte do planejamento é refeito imediatamente)
    O planejamento tradicioal e Normativo-prescritivo Jogadas sucessivas.
    O planejamento tradicioal é baseado em consultas a especialistas (busca-se teorias prontas,) e é Genérico. O PES na Análise da viabilidade. (Ninguém conhece melhor o ambiente do que o agente e este ambiente precisa de acordos e consentimentos para mudar.) é Específico.
    O tradicional tem Ações separadas do plano, o PES tem mediação entre o plano e a ação.
    Quem não for administrador e leu até aqui é um herói! He-he-he.
    Mas, Geni, a intenção foi questioner a falta de planejamento. Não vou encontrar muitos adeptos ao PES aqui. Depois dê uma olhada com carinho no método.
    Um abraço, amigo.

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  8. Se ensinam esse planejamento nas escolas de saúde pública, então o tal método não presta mesmo pois a saúde pública brasileira é uma porcaria!

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  9. Nobre amigo anônimo,
    O atual Sistema Único de Saúde (SUS) é um sistema quase perfeito e muito copiado por outros países. Um sistema complexo abrangente e igualitário. Temos gênios da administração de saúde pública nessas escolas que eu citei. O que falta é essa cambada de políticos corruptos pararem de roubar e fazer merda com o dinheiro público e destinar mais verba para a saúde.

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  10. Anônimo, o ideal é que, além de ensinado, deve ser praticado o planejamento estratégico. O caos está fincado na saúde, serviços, infraestrutura, educação, cultura, meio-ambiente, etc, porque os técnicos, que conhecem e sabem aplicar as teorias, não participam de planejamento algum.

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  11. Alguem disse :
    "Haja Google e Wikipédia para esse pessoal escrever esses comentários ai... hahahaha"
    Eu Digo:
    E TEM GENTE QUE NEM ISSO CONSEGUE.PESQUISAR. A INÉRCIA É TANTA QUE É PREFERIVEL COMENTAR O QUE OS OUTROS COMENTAM POR PURA FALTA DE IDÉIA. =ZENÓBIO=

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  12. GENI !! A REUNIÃO É SABADO NO CLUBE DO SERVIDOR MUNICIPAL ? QUE HORAS VAI SER ? E SÓ PARA O PT OU É ABERTO A TODOS OS PARTIDOS ?

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  13. Merda de saúde! pelo amor de Deus gente vamos cobrar não só da administração horrenda, mais também dos profissionais, principalmente de PSF, fala sério, esses médicos que ganham pra trabalhar 8 hs por dia não trabalham nem uma. E o problema é nosso que não fazemos nada. O Dr. Itaquê é um exemplo, ele chega no posto 7:00 às 8:00 po ir lá vê se tem pelo menos rasto da fiat estrada dele, mais também né põe dono de Hospital em PSF,só essa administração mesmo. A saúde é um prato cheio pra oposição ababar de abacar com os dois caras.

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  14. Palestra
    A reunião é aberta a todos, sem vínculo partidário e desvinculado de candidatura. será às 15h no clube. A Rádio 104 FM está veiculando chamadas com todos os detalhes. Todos os partidos e pessoas sem partidos, todos serão bem-vindos.

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