Estive verificando a atual quantidade de imóveis alugados pela Prefeitura Municipal de Unaí e pude constatar o quanto o órgão é bom inquilino (diferente do rapaz da foto. rss).
Vejam bem. Só na Secretaria Municipal de Saúde são: Sede da Secretaria, NASF (núcleo de apoio a saúde da família) CAPS (Centro de Apóio Psicosocial), Centro de Testagem e Aconselhamento, 5 PSF (Programa de Saúde da Família) (Mamoeiro, Jacilândia, Primavera, Vale Verde, Novo Horizonte) setor de ambulância e Garagem das ambulâncias. Isto sabendo que existe um prédio inacabado para montagem de uma unidade básica de saúde no Bairro Cana Brava e também sabendo que o segundo piso do Hospital municipal não funciona quase nada. Esperando a tal UTI neonatal que não chega nunca. (tudo isso já relatado aqui no blog) Ou seja, estão pagando aluguel enquanto locais em prédios públicos ficam subutilizados.
Depois tem a Sede da Secretaria de Ação Social, CRAS, um órgão ao lado da antiga cerâmica que não sei o nome, bolsa família, mão amiga, Sede da Secretaria de Educação, museu, biblioteca municipal, arquivo municipal, Galpão da antiga CASENG... Isto os que eu me lembro.
Provavelmente estes alugueis todos passam dos R$50.000,000 por mês. Aí eu pergunto: não existe uma linha de financiamento para construção de prédios públicos? Eu acho estranho se não tiver. E se tem. Evidentemente com uma prestação de R$50.000,00 por mês dava dinheiro para construir um prédio respeitável. Terreno a prefeitura tem. Pois vive doando terrenos até para emissoras de TV.
Por que então alugar? Será se pra agradar os donos dos imóveis ou é porque precisa mesmo?
Zé eu também sempre fiz esta pergunta? Porque gastar tanto com aluguel se seria melhor construir algo definitivo?
ResponderExcluirAgora mudando um pouco de assunto. Como este blog é sem dúvida um dos melhores que falam sobre Unaí, gostaria que vc investigasse e nos colocasse a par da real situação, pois a impressa daqui não deu a mínima. Se trata do fechamento do curso de pedagogia da factu. A noticia saiu em um site de Paracatu, mas por aqui nada. A pagina lá é http://www.paracatu.net/index.php?act=noticias&nid=1308
Cara, saiu uns planfetozinhos, aqui em Unaí, com a matéria publicada no DOU(Diário Oficial da União) sobre a instauração de processo administrativo que poderia culminar com o fechamento do referido curso. Achei uma atitude baixa (os planfetos anônimos). Quero crer que não tenham sido produzidos pela faculdade onde me formei. Sobre o fechamento: se está ruim tem que melhorar. Se foram notificados das deficiências e não tomaram providências para saná-las, infelizmente, tem que fechar mesmo. Eu não vou entrar no mérito da questão. Acho que as duas faculdades particulares de Unaí prestam um magnífico serviço a nossa sociedade e das duas já saíram profissionais brilhantes. Torço para que não sejam fechados cursos, que a referida faculdade consiga se adequar e que venham mais e mais cursos e com qualidade.
ResponderExcluirTe confesso que já tinha pensado sobre isso tb.
ResponderExcluirEu acho que com o dinheiro economizado do aluguel desses imóveis, o município teria caixa para construir um grande centro administrativo, reunindo em um só local, os vários espaços mencionados nesse post.
Tá certo que deveriam da prioridade é na melhora das escolas públicas municipais, mas devemos concordar que a construção de um centro administrativo traria muitas vantagens, tanto econômicas como de praticidade.
Certamente se algo assim for construído, não seria na praça JK, pois não há espaço para isso. A vantagem de se construir em outro local, é que desafogaria o trânsito naquela região e desenvolveria outra parte da cidade.
É minha opinião, o que acham?
È isso aí meu caro Zé,o homem quer mesmo acabar com Unaí,pois terá que cair fora em 2,012,ele quer deixar a prefeitura na miséria.Imagine só.Os cargos de confiança e aluguel dava pra fazer tantas coisas,mais o povo quiz!!!!!!!Iremos ficar com uma cidade totalmente falida,e mundialmente conhecida,como a cidade que elege prefeito na cadeia.Cruz credo!!!!Fora!!!Xô!!!!!!!Terim.O jeito é mudar pra Paracatu.çá sim.tem de tudo!!!!!!!!abção.
ResponderExcluirAêeee Zé falou a voz da sabedoria.
ResponderExcluirTemos que dar a César o que é de César. Essa questão dos alugueis não é privilégio do atual governo. É uma herança, já que nos governos anteriores a opção foi a mesma. Desde sempre, Secretarias de Saúde e Educação, além de outros órgãos, funcionam em imóveis alugados. É claro que o Prefeito poderia ter enfrentado o problema, mas não o fez, preferindo manter o modelo que já existia.Por isso é que insisto na idéia da transformação e não da simples alternância do poder.
ResponderExcluirNobre amigo teste, ouve até uma idéia do candidato a vereador Eudes (me desculpe se enganei no nome) para esse centro administrativo ser construído no terreno que fica ao lado do ginásio do bairro Divineia. Achei perfeita a idéia. Evidentemente não se pode construir todos os PSFs ali. Mas muita coisa poderia ser centralizado ali. E como vc disse até distribuiria o movimento na cidade. Difícil saber porque não é colocada em prática.
ResponderExcluirPaulo, o que alerta é a banalização de se alugar. alugar, por exemplo um galpão da antiga CASENG caindo aos pedaços por cerca de R$5.000,00 mês. e ter alí um almoxarifado todo desestruturado, alugar local para setor de ambulância, fisioterapia, testagem e aconselhamento. tirando esses do hospital e deixando um andar inteiro quase vazio.
ResponderExcluirJosé Antonio,
ResponderExcluirA sua observação e o seu alerta são mais do que pertinentes. A opção - ainda mais com esses exemplos que você menciona - vai contra o interesse público. Você tem razão. Apenas acresci que o nosso inconformismo com a situação precisa saltar do plano da indignidade para o da mudança.
Perdão, no comentário anterior eu quis dizer que devemos sair do plano da indignação para o da mudança.
ResponderExcluirConcordo que existe uma banalização nessa questão de aluguel por parte da administração municipal.
ResponderExcluirGostaria de dizer que sou totalmente favorável com o que o Paulo disse. Mesmo que haja alternância de governo, esses quase sempre herdarão os vícios do anterior, até porque é mais cômodo deixar do jeito que está do que ficar quatro anos corrigindo os erros dos governos passados. (Lembro que isso é necessário, caso realmente desejarmos mudanças reais).
Concordo quando o Paulo menciona a criação de uma entidade com finalidade de propor mudanças, de fiscalizar, de passar ensinamento em relação a política e sua importância, de conscientizar os jovens de que as pessoas que estão lá no poder são meros representantes. É por tudo isso, que acredito que essa forma de se organizar traz muitos mais frutos do que a simples alternância de poder. Uma entidade tem muito mais imagem e poder, (no bom sentido) perante a administração e a população para questionar questões como essa do aluguel e etc. A administração certamente daria muito mais ouvidos a uma Entidade do que cidadãos isolados.
Se me permite, pegando uma carona no comentário do Teste, coloquei no meu blog, no último artigo, a seguinte frase: "Considero que não é suficiente a pura e simples alternância do poder, porque não faz muito sentido apenas trocar os atores e continuar encenando a mesma peça, especialmente no mesmo teatro e com o mesmo cenário. Diante isso, tenho que é preciso mudar o teatro, o cenário e o contrarregra, além de dar uma repaginada no roteiro e nos diálogos dos atores, permitindo uma maior participação da plateia." Creio, meu amigo José Antonio, que isso fale para essa situação estúpida e nociva ao Município que é o aluguel de tantos imóveis, sabe-se lá a que custo e por meio de quais critérios.
ResponderExcluirPenso que esteja na hora de dá um passo a adiante. Foi importante a greve, está sendo importante os blogs, agora é preciso partir para a criação da entidade. Mesmo antes da criação de uma Entidade, o Paulo já está buscando criar uma minuta de projeto de lei, com intuito de modificar a legislação, para que se permita uma maior participação popular nas decisões políticas da cidade, e eu penso que esse seja o caminho correto. Eu sinceramente espero que quando ele disponibilizar a minuta desse projeto no blog dele, vcs participem opinando, sugerindo, discordando, enfim. Para que então possamos envia-lo a algum Vereador, ou caso achem mais interessante, tentar propor por iniciativa popular, o que atingiria mais publicidade e consequentemente conscientização por parte da população, o que ao meu ver é mais interessante.
ResponderExcluirEntão Zé, qual sua opinião?
Paulo e teste, eu concordo plenamente, temos que fazer isso. Mas, preciso deixar claro que precisamos arrumar uma forma de “obrigar” o prefeito eleito de colocar pessoas inteligentes para ocupar cargos de decisão. não adianta ficar fiscalizando um bando de cabeça de bagres sem nenhum talento. Ta aí a dificuldade a maioria das pessoas que se envolvem com política (aqui em Unaí) é um bando de cabeça de bagre querendo se ajeitar o prefeito se elege e se vê obrigado a colocar essas pessoas no governo porque eles ajudaram na eleição. Eu vejo na atual administração, não a maldade isolada, sei que os caras querem acertar e ficarem “bonitos na fita”. Eu vejo uma incompetência gritante, ninguém planeja nada ninguém inova em nada, ninguém inventa nada de novo. Eu já trabalhei de cargo de confiança desse pessoal e havia uma centralização quase doentia. O vice prefeito acha que só ele é honesto e capaz, e que todos são um bando que ele tem que controlar. Enojava-me os secretários tendo que ir “pedir bênção” para o vice para fazer as mínimas coisas. E o tal vice fazendo um monte de besteira sem nenhum embasamento técnico. Digo isso não para discordar de vc, mas para dizer que não é só o modelo que está errado. os administradores são péssimos e eu presenciei isso.
ResponderExcluirJosé Antonio, você tem razão neste ponto. É evidente que para realizar um bom governo, precisamos de bons dirigentes (bons no sentido da eficiência e da competência). Mas posso lhe adiantar, do alto os 23 anos que atuei na Administração Pública Municipai (Câmara e Prefeitura) que parte do problema é estrutural. Temos práticas e rotinas viciadas. O modelo não ajuda. Além do mais, a transparência, a publicização e o controle são instrumentos que podem ajudar a Administração a ser mais eficiente. Uma coisa não exclui a outra. Esse centralismo decorre justamente dessa visão equivocada. O nosso Vice-Prefeito, é bom que se diga, herdou essa visão e acredita piamente nela. Instrumentos como planejamento, desconcentração, descentralização, publicização, participação popular (efetiva e não apenas cosmética) devem e podem ser usados para mudarmos o modo de governar. Fico feliz que porque hoje temos condições de discutir tudo isso, sem que um ponto de vista exclua o outro. Veja por esse lado: um agente político cuja pasta esteja sujeita a permanente controle, que se veja na contingência de publicar todos os seu atos, cujas políticas públicas são necessariamente discutidas e debatidas com a sociedade e que se submete a um sistema de controle terá que ser, necessariamente, mais preparado. Se tudo continuar como está, pode colocar qualquer "cabeça de bagre", como você diz, que vai servir. Mudando o sistema e o modelo, os prefeitos terão que escolher melhos os seus auxiliares. É um círculo vicioso (ou virtuoso), meu amigo. Me desculpe pela extensão do comentário.
ResponderExcluirJosé, a escolha de pessoas "inteligentes ou não" para ocupar cargos de decisão, queira ou não, é uma escolha discricionária da administração. O que não pode acontecer é a administração ser incompetente devido essas escolhas. Nenhum sistema muda da noite para o dia, e essas mudanças só se concretizam se a população andar junto com o processo. Vejo que vc não ve uma entidade como algo eficaz a curto prazo, e eu até posso concordar, mas se engana vc, que a população será capaz de escolher bons representantes sem que haja um processo de conscientização anterior. Quando a população é ciente dos seus diretos, e sabe que reunida tem sim poder para mudar as coisas, é inevitável que a administração irá refletir o desejo do povo.
ResponderExcluirO que eu vejo (posso estar errado) é que não há interesse da população na política da cidade, mas sim de grupos partidários com interesse nas eleições. Assim sempre haverá o grupo que estará no poder e o grupo da oposição, e nada da participação da população suprapartidária. Se isso não mudar, o ciclo vai se perpetuar e sempre teremos a mesmice de sempre (população reclamando dos problemas de sempre e governantes em outro patamar, fingindo que estão governando de acordo com o desejo da população)
Amigo teste, quando eu disse: obrigar pode reparar que eu coloquei entre aspas. É evidente que o prefeito tem direito de colocar quem ele quiser. Duas máximas da administração pública:
ResponderExcluirOs dois piores males da administração pública são a corrupção e a incompetência.
Pior que um incompetente em um cargo de decisão é um incompetente com iniciativa em um cargo de decisão.
Espero que vejam que não estou discordando de vcs. Apenas não deixando a coisa muito partir apenas para o lado do jurídico. Quero dizer que é preciso fazer pessoas com capacidade de gestão se interessarem por política em Unaí.
E o Paulo tem toda razão quando diz que quando se publica os atos, quando as políticas públicas são discutidas e debatidas com a população, esse processo força a administração a ter pessoal capacitado para funções importantes. Agora quando tudo é mascarado, feito as escondidas, pode ser colocado qualquer "cabeça de bagre" que a população não vai perceber.
ResponderExcluirUm processo leva ao outro. Como disse o Paulo, é um círculo virtuoso.
José, o papel do seu blog é essencial, certamente ajuda a provocar a população e a administração no sentido de que as coisas não estão corretas, mas insisto que precisamos mudar a base, para evoluirmos e mudarmos o discurso. Espero que se engaje nesse sentido tb.
ResponderExcluirestou nessa, meu nobre amigo. é hora de mudanças radicais. ainda mais com essa agora de reeleição. o governo engana com umas duas obras financiadas por outros governos se reelege e faz um péssimo governo no outro
ResponderExcluirTemos, então, um ponto de convergência: precisamos de pessoas capacitadas na Administração, evitando que possa haver um incompetente (ou vários) com poder de decisão, e mudamos o modo de governar. As duas coisas se completam e não se excluem. Peço licença apenas para divergir de você quando diz que a coisa está partindo para o lado jurídico. Não estou preocupado com o lado jurídico, mas com a coisa na prática. É lógico que a mudança envolve um aspecto jurídico, porque a Administração precisa de regulação, mas a minha preocupação essencial não é nesse sentido. O modo como o Município é governado - e os instrumentos que ele dispõe para ser governado - são muito mais essenciais do que se possa imaginar. Imagine você, José Antonio, como Secretário. Sei de sua competência e de seu preparo, além, é claro, de sua ética e compromisso público. Sei também que você faria muito melhor do que a grande maioria dos secretários que nós temos hoje. Mas lhe adianto que muita iniciativa sua seria tolhida em razão do modelo, da forma que a Administração utiliza para realizar a sua função. O sistema vai inibir a sua atuação. O que eu digo pode parecer demasiadamente abstrato e jurídico, mas creia que é justamente o oposto disto, embora tenhamos que mudar a legislação para implementar.
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